Impacto
Acreditamos na força da informação para transformar realidades. Nosso conteúdo promove conhecimento, engajamento e mudanças positivas na sociedade. Medimos nosso impacto não apenas em números, mas em histórias contadas, debates gerados e decisões inspiradas.
Investigações e pedidos do Ministério Público, Defensorias e outros órgãos baseados em nossas matérias

- Em abril de 2025, a Defensoria Pública da União (DPU) solicitou que o INCRA revogue a Instrução Normativa 112/2021, editada durante o governo Bolsonaro e válida até hoje, que passou a permitir o avanço da mineração em assentamentos rurais de todo o Brasil.
- Entre o material citado pela DPU para pedir a revogação imediata está a matéria do Observatório da Mineração que revelou milhares de requerimentos de mineradoras multinacionais sobre assentamentos, especialmente os projetos voltados aos chamados “minerais críticos e estratégicos”, importantes para a transição energética.
- Entre vários aspectos listados para a solicitação, a DPU reforça que “considerando que a matéria jornalística publicada em março de 2025 pelo Observatório da Mineração expõe que grandes empresas nacionais e estrangeiras vêm expandindo seus requerimentos sobre territórios da reforma agrária, impulsionadas por políticas estatais como o Programa Pró-Minerais Estratégicos e o novo PAC, sem respeitar os direitos das comunidades locais”.
- Em suma, a Defensoria alega que a norma do INCRA representa “incompatibilidade com a função social da terra, com os objetivos constitucionais da política agrária e riscos à soberania alimentar, ao meio ambiente e aos direitos humanos das comunidades assentadas”.
- A recomendação pela revogação da norma é acompanhada do pedido de padronização de critérios técnicos, consulta prévia às comunidades, criação de banco de dados público e articulação interinstitucional. A DPU se fundamenta “na Constituição Federal, Convenção 169 da OIT, Nota Técnica da FASE, Relatório da DPU e matéria do Observatório da Mineração”.
- Fomos o primeiro veículo a ouvir lideranças quilombolas da comunidade Manzo Ngunzo Kaiango, em Belo Horizonte, que não tiveram seu direito de consulta prévia respeitado pela mineradora Tamisa em seu projeto na Serra do Curral. No fim de 2022, o TRF-6 suspendeu as licenças da mineradora por falta de consulta ao quilombo.
- Mostramos com exclusividade que o licenciamento ambiental da estrutura do grupo francês Vallourec que cedeu em Nova Lima (MG) contou com reunião extraordinária, licenciamento expresso e alertas ignorados de ambientalistas. Na sequencia, fizemos uma live especial com especialistas que participaram do licenciamento e contamos que os servidores do Ibama da única área evacuada atingida jamais foram informados sobre os riscos que corriam.
- A matéria repercutiu na mídia nacional e internacional, gerou um pedido de investigação ao Ministério Público (MPMG) formulado pela deputada Áurea Carolina (PSOL/MG) e serviu de base para uma nota da Associação Brasileira de Antropologia – ABA; a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais – ANPOCS; a Associação Brasileira de Ciência Política – ABCP; e a Sociedade Brasileira de Sociologia – SBS, entre outras instituições.
- Cobrimos o caso da mineração da Tamisa na Serra do Curral em MG com revelações exclusivas sobre os planos da empresa. A partir de uma matéria nossa, o Ministério Público Federal pediu explicações à Agência Nacional de Mineração sobre a extensão real dos requerimentos da Tamisa.
- Revelamos com exclusividade mundial vídeos do juiz responsável pelo Caso Samarco que colocam em xeque a sua imparcialidade, segundo o Código de Processo Civil brasileiro. Foram duas histórias publicadas, aqui e aqui.
- Baseados nessas matérias, o Ministério Público Federal, o Ministério Público de Minas Gerais e as Defensorias Públicas da União, do Espírito Santo e de Minas Gerais pediram a suspeição e o afastamento do juiz Mário de Paula Franco Júnior, da 12ª Vara Federal de MG, responsável pelo Caso Samarco.
- Uma versão das matérias foi republicada pelo Portal UOL, o maior portal de jornalismo da América Latina, repercutida por outros sites e também publicada em inglês pelo Mining, o maior portal especializado no setor mineral do mundo.
- Fomos o único veículo a cobrir sistematicamente os impactos da mineração na pandemia de Covid-19, incluindo o colapso em cidades pequenas provocado pela atividade mineral, a morte de trabalhadores e o lobby da indústria.
- Nossas matérias sobre as violações de direitos humanos e dos trabalhadores na mineração durante a pandemia foram usadas como base para uma denúncia de entidades sindicais que foi aceita pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
Revelações e investigações exclusivas

- Revelamos, em fevereiro de 2025, um aumento exponencial nos pedidos de exploração no mar brasileiro.
- Cerca de metade dos 950 requerimentos registrados na Agência Nacional de Mineração (ANM) foram protocolados de 2020 até o fim de 2024, parte de uma série histórica que começa em 1967. Foram 456 registros para mineração no fundo do mar na ANM apenas entre 2020 e 2024.
- Além do Espírito Santo, que lidera com folga o número de requerimentos, os pedidos se concentram em estados do Nordeste como Bahia, Rio Grande do Norte, Maranhão, Sergipe e Pernambuco.
- Os recursos minerais entre os de maior número de processos são os de fosfato (351) e sais de potássio (126) seguidos por 121 pedidos de três tipos de calcário e 58 de conchas calcárias, todos com potencial de uso para indústria de fertilizantes.
- Em uma segunda matéria, também exclusiva, mostramos que empresas brasileiras estão sendo beneficiadas com autorizações para extração de substâncias marinhas sem licenciamento ambiental.
- E estão conseguindo aprovar seus pedidos, antes mesmo de conseguirem o direito de lavra, com o uso de uma brecha no Código de Mineração aprovada em 1996 por meio de autorização classificada pela Agência Nacional de Mineração (ANM) como de “caráter excepcional”.
- O mecanismo, ratificado por decretos presidenciais nos últimos anos, é a guia de utilização.
- Os dados fazem parte de um cruzamento inédito de informações da ANM entre os processos que têm suas áreas de extração com incidência total ou parcial no Mar Territorial, Plataforma Continental e Zona Econômica Exclusiva com os de licenciamento ambiental para este tipo de exploração no mar do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ambos obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) pelo Observatório da Mineração e confirmados pela apuração e checagem junto aos órgãos.
- Também revelamos com exclusividade mundial uma investigação do Ministério Público de Minas Gerais, MP Federal, Receita Federal e CVM sobre manobras tributárias da Vale e BHP que podem indicar uma tentativa de ter de volta parte dos bilhões que deveriam ir para o maior desastre ambiental do Brasil, o rompimento da barragem de Mariana. Publicada em português e inglês.
- Em 2021, durante a recuperação judicial da Samarco, credores que detém R$ 24 bilhões da dívida da mineradora descobriram as manobras que revelamos.
- Revelamos quem são os financiadores de políticos na região do Tapajós, centro do garimpo ilegal no Brasil.
- Fizemos uma série de matérias especiais que detalharam os parlamentares que defendem a mineração no Congresso, os lobistas, grupos de interesse e o que está por trás do Novo Código de Mineração brasileiro, que atinge diretamente povos indígenas e comunidades tradicionais.
- Analisamos a realidade de quatro países – Estados Unidos, Canadá, Chile e Austrália – que são citados como “exemplo” pelo governo Bolsonaro para liberar a mineração em terras indígenas no Brasil. Lideranças, especialistas e casos concretos dos 4 países mencionados mostram que as consequências são graves.
- Com dados inéditos, revelamos que bancos alemães injetaram mais de US$ 1 bilhão em mineradoras envolvidas em conflitos no Brasil de 2016 a 2021, indo contra compromissos assumidos e acordos assinados pelas próprias instituições.
- A partir de um levantamento inédito, mostramos que o garimpo ilegal destruiu mais de 600 quilômetros de rios dentro das terras Munduruku no Pará de 2016 a 2021. Cobrimos sistematicamente os impactos do garimpo ilegal em terras indígenas e investigamos os atores por trás do mercado do ouro.
- Em levantamento inédito, mostramos que 333 trabalhadores foram resgatados em garimpos no Brasil em condições análogas à escravidão. A extensão desses resgates em garimpos nunca tinha sido revelada antes. Matéria publicada em português, inglês, no UOL e na Mongabay US.
- O Observatório da Mineração foi o primeiro a detalhar as centenas de requerimentos que incidem sobre povos indígenas isolados na Amazônia e os projetos em andamento de grandes empresas na região como Vale, Belo Sun, Anglo American e outras.
- A matéria sobre a Anglo American gerou uma mobilização da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), da ONG Amazon Watch e do povo Munduruku. Atualizamos os requerimentos e a situação da Anglo em 2021 em português e em inglês, republicado também pela Mongabay.
- A partir de matéria publicada no Observatório, acionistas críticos perguntaram a Vale sobre os requerimentos em terras indígenas em reunião anual e a mineradora se comprometeu a abandonar os pedidos registrados na Agência Nacional de Mineração. Poucos meses depois, a Vale voltou atrás. Em setembro de 2021, a mineradora finalmente desistiu dos requerimentos. Na sequencia, resolveu minerar no entorno de terras indígenas.
- Em março de 2021, revelamos uma reunião de Jair Bolsonaro e o presidente da Funai, Marcelo Xavier, com um madeireiro e líderes do povo indígena Kayapó do Pará. Na reunião, Bolsonaro recomendou que os indígenas pressionassem os deputados para aprovar projeto de lei que libera mineração em terras indígenas e o presidente da Funai recomendou ao madeireiro uma ação contra uma ONG indígena Kayapó que é contra o garimpo em suas terras. Uma versão da matéria foi publicada pelo UOL. Também publicamos em inglês aqui.
- Mostramos como as associações do setor mineral literalmente ditaram as 110 metas do Programa Mineração e Desenvolvimento (PMD), lançado por Jair Bolsonaro e pelo Ministério de Minas e Energia no fim de 2020. Com documentos exclusivos, detalhamos o PMD, centro da política mineral do atual governo.
- Cobrimos diariamente o lobby do setor mineral e revelamos reuniões, encontros e articulações de lobistas nacionais e internacionais com o governo de Jair Bolsonaro, como embaixadores estrangeiros, grandes empresas de tecnologia, empresários do garimpo, associações do setor mineral e outros.
- Fizemos uma cobertura especial do Acampamento Terra Livre 2022, maior mobilização indígena do Brasil, com 8 matérias postadas durante o evento com foco em mineração e no PL 191, além de fotos, entrevistas e cobertura em vídeo exclusiva.
- Em parceria com o Intercept Brasil, mostramos como as aglomerações em minas da Vale expõe milhares de trabalhadores à Covid-19 e, em seguida, detalhamos o caso da CSN Mineração. A repercussão das matérias levaram o governo federal a considerar a mineração uma atividade essencial em pleno sábado à noite no meio da pandemia.
- Em parceria com o Unearthed, site de jornalismo investigativo do Reino Unido, mostramos com exclusividade em português e inglês como a Agência Nacional de Mineração planeja desregulamentar totalmente o setor mineral em parceria com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
- Usando a Lei de Acesso à Informação para detalhar registros de reuniões, revelamos como o lobby do garimpo e da mineração é recebido com prioridade dentro do Ministério de Minas e Energia de Bento Albuquerque e Jair Bolsonaro.
- Em parceria com a Organized Crime and Corruption Reporting Project (OCCRP), um consórcio mundial de jornalistas investigativos, mostramos a influência política por trás do rompimento da barragem de Brumadinho, a criação de uma “superintendência para projetos prioritários” em Minas Gerais e de dezenas de projetos problemáticos da Vale em Brumadinho.
- Logo após o rompimento em Brumadinho, em fevereiro de 2019, detalhamos para a Repórter Brasil como a Vale influenciou diretamente na aprovação de leis e normas que a favoreceram em Minas Gerais. A matéria mostra o áudio de uma reunião com representantes da empresa. A matéria foi republicada pela Folha. Uma tentativa de censurar a matéria foi derrotada na justiça.
Relatórios Especiais


- Lançamos, em março de 2023, o relatório “Dinamite pura: como a política mineral do governo Bolsonaro armou uma bomba climática e anti-indígena”, em parceria com o Sinal de Fumaça. A publicação, em edição bilíngue, português e inglês, traz uma linha do tempo do setor mineral e detalha o desmanche de órgãos regulatórios, violações de direitos, acordos escandalosos e outras medidas adotadas pelo ex-governo para satisfazer o lobby do mercado de minérios no país e no mundo.
- O relatório foi destaque em mais de 360 veículos de mídia no Brasil, incluindo Agência Brasil, O Globo, Correio Braziliense, TVT, Observatório do Clima e Agência Radioweb. A reportagem da Agência Brasil foi republicada por UOL, Yahoo, Terra, Istoé, Carta Capital e centenas de veículos de imprensa nacionais. Matéria da Radioweb foi veiculada por cerca de 250 rádios comerciais, comunitárias e educativas de norte a sul do Brasil.
- O “Dinamite Pura” foi debatido em duas audiências públicas: na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, com a presença de representantes do Observatório da Mineração, Sinal de Fumaça, Observatório do Clima, Instituto Socioambiental e Agência Nacional de Mineração.

- Revelamos em estudo inédito coordenado pelo Observatório da Mineração que mineradoras podem deixar de pagar US$ 1,26 bilhão por ano em impostos na exportação de minério de ferro no Brasil. O estudo, feito em parceria com a Justiça nos Trilhos e o Instituto Justiça Fiscal, foi publicado em português, inglês e espanhol.
- No Maranhão, ouvimos as comunidades afetadas pela ferrovia da Vale e mostramos que o dinheiro da mineração não representa qualidade de vida e desenvolvimento humano para as cidades cortadas pela Estrada de Ferro Carajás.

- Na quarta edição do relatório Cumplicidade na Destruição, feito em parceria com a Amazon Watch e Apib, revelamos que apenas nos últimos cinco anos, as mineradoras Vale, Anglo American, Belo Sun, Potássio do Brasil, Mineração Taboca e Mamoré (ambas do Grupo Minsur), Glencore, AngloGold Ashanti e Rio Tinto receberam USD 54 bilhões em financiamento do Brasil e do exterior.
Redes Sociais e outros alcances

- No Twitter, um fio do fundador do Observatório atingiu 3 milhões de impressões a partir do “maior churrasco do mundo” em Parauapebas (PA) para mostrar como a principal cidade que abriga a gigantesca mina de minério de ferro da Vale reúne as contradições e paradoxos da mineração, com bilhões de um lado e pouquíssimo desenvolvimento humano de outro. O fio gerou matérias no UOL, na Folha (aqui e aqui), no Nexo e em diversos outros veículos. Convidado pelo canal My News, o editor do Observatório falou sobre o “evento”.
- Sobre a guerra na Ucrânia, o boom de commodities, a dependência brasileira na importação de fertilizantes, o projeto da Forbes & Manhattan no Amazonas e a tentativa do governo Bolsonaro de usar esse contexto para forçar a aprovação do PL 191 com o apoio da bancada ruralista, produzimos uma série de matérias especiais e análises.
- Um fio no Twitter sobre a visita de Elon Musk ao Brasil, os negócios da Tesla com mineradoras, guerra e minerais estratégicos, a proximidade com o governo Bolsonaro e mineração em terras indígenas atingiu mais de 1 milhão de impressões. A thread gerou entrevistas na TeleSur, na Rádio Super FM de Belo Horizonte e no canal My News.
- O Observatório foi convidado para dar duas palestras – “Digging into the Extractives Industry“ e “Investigating Disasters“ – no maior evento de jornalismo investigativo do mundo, realizado pela Global Investigative Journalism Network (GIJN) em Hamburgo na Alemanha em setembro de 2019. Fomos o único veículo especializado e independente do Brasil a ser convidado. A delegação brasileira contou também com jornalistas da Folha de S. Paulo, Revista Época, Agência Pública, Repórter Brasil e outros.
- A página no Facebook conta atualmente com 35 mil curtidas e alcançou organicamente mais de 10 milhões de pessoas segundo o algoritmo da rede social desde a sua criação em novembro de 2015.
- Somos o único veículo a cobrir sistematicamente as consequências do maior crime ambiental do Brasil, o rompimento da barragem em Mariana da Vale/BHP em novembro de 2015, desde o rompimento.
- Mantemos uma interlocução internacional com algumas das principais organizações que lutam por uma mineração responsável no mundo, como a London Mining Network, Gaia Foundation, MiningWatch Canada, Earthworks e várias outras.
- Em 10 anos de atuação, o Observatório da Mineração já produziu centenas de matérias investigativas, muitas com revelações exclusivas e foi traduzido, além do inglês, para o alemão, o espanhol e o francês.
- Diversas matérias investigativas produzidas pelo Observatório da Mineração foram republicadas na Mongabay em inglês e português, organização referência em jornalismo ambiental em todo o mundo com 21 anos de história e mais de 2.5 milhões de visitantes únicos mensais. Somos parceiros oficiais da Mongabay. Destaque para a série sobre requerimentos que incidem sobre povos indígenas, republicadas no caso da Vale, a canadense Belo Sun e os povos isolados.