Com frequência o fundador e diretor do Observatório da Mineração, Maurício Angelo, que também atua como analista, professor e pesquisador, é convidado para comentar temas relativos ao setor mineral. Para solicitações, entre em contato.

Confira algumas entrevistas selecionadas.

The Guardian: The multinational companies that industrialised the Amazon rainforest

The mining sector, by far the most financially lucrative Amazon activity, includes many small firms, with more than $4.2bn of gold extracted between 2018 and 2022 by artisan producers, according to analysis of figures provided by Refinitiv, part of the London Stock Exchange Group. But the lion’s share goes to the big companies at the top.

Maurício Angelo, the founder of the Mining Observatory, notes that the area occupied by legal industrial mining in Brazil has grown sevenfold since 1985. He says this expansion brings huge environmental liabilities, including infrastructure (roads, hydroelectric plants, ports, railroads.) as well as the removal of traditional peoples, and the threat of disaster.

Overall, he says, the industry has never lived up to its claims of sustainability. “Mining did not deliver the development it promised and confined cities and entire regions to underdevelopment, with very low quality of life, few and precarious jobs, with huge environmental liabilities and almost no practical return for society.”

Vale says it is aware that as a company it has a responsibility to “contribute to socioeconomic development and establish relationships of respect and trust in the territories where it is present”. It says it has invested more than 1bn Brazilian reais (about $200m) over the last decade in protection, research, territorial development and cultural incentive actions in the Amazon.

Dinamite Pura: Agência Brasil, O Globo, Correio Braziliense, TVT, Agência Radioweb e outros

Na esteira de lançamento do relatório Dinamite pura: como a política mineral do governo Bolsonaro armou uma bomba climática e anti-indígena”, feito pelo Observatório da Mineração em parceria com o Sinal de Fumaça, fui entrevistado pela Agência Brasil. Também dei entrevista para outros veículos no Brasil e no mundo, como a Washington Brazil Office e a Green Rocks.

Trecho da matéria da Agência Brasil:

Maurício Angelo considera que a configuração atual das casas do Congresso Nacional não deve ajudar na reversão de matérias aprovadas durante o governo Bolsonaro, nem nas tentativas de barrar outras que tramitam e vão a plenário, como é o caso do Projeto de Lei (PL) 191/2020 que autoriza a exploração em terras indígenas. “Obviamente, apesar de parlamentares de centro, centro-esquerda, esquerda, o Congresso ainda é, majoritariamente, de direita e aliado a essas pautas que são de interesse da indústria da mineração e do agronegócio”, afirma, acrescentando que a militarização de órgãos como a então Fundação Nacional do Índio (Funai) também contribuiu para o quadro denunciado no relatório.

Sobre a possibilidade de a comunidade internacional exercer pressão significativa, a ponto de refrear excessos das mineradoras, o diretor pondera que o nível de cobrança é menor do que em casos que envolvem apenas desmatamento, por exemplo. Mesmo que desmatamento e mineração mantenham forte relação.

“Como o mundo tem uma demanda muito grande para suprir esses minerais essenciais, estratégicos, nos próximos anos, os projetos de mineração são vistos como necessários e não há uma crítica, um viés crítico desses acordos que são feitos. Pelo contrário, é visto como algo necessário, positivo, que tem que ser levado a cabo, independentemente do governo, seja aqui no Brasil ou fora do país, o que, claro, gera e vai gerar vários impactos socioambientais no futuro também”, argumenta.

O relatório foi destaque em mais de 360 veículos de mídia no Brasil, especialmente reproduções da matéria da Agência Brasil em veículos como UOLYahooTerraIstoéCarta Capital e centenas de veículos de imprensa nacionais e locais. Matéria da Agência Radioweb também foi veiculada por cerca de 250 rádios comerciais, comunitárias e educativas de norte a sul do Brasil. Um artigo foi publicado no Le Monde Diplomatique.

Míriam Leitão, O Globo: Ambientalistas dizem que governo Bolsonaro armou ‘bomba climática e ‘anti-indígena’. E dão recomendações
Correio Braziliense: Governo Bolsonaro armou “bomba climática”, aponta relatório
TVTRelatório mostra desmanche da política ambiental no governo Bolsonaro
Agência Radioweb: Relatório detalha “anos dourados” do garimpo ilegal sob Bolsonaro
Observatório do Clima: Uma bomba climática

Brazil Unfiltered – Washington Brazil Office

Fui entrevistado pelo pesquisador James N. Green para o podcast “Brazil Unfiltered” do Washington Brazil Office sobre o relatório “Dinamite Pura”, os impactos socioambientais da mineração e outros aspectos relevantes que a indústria mineral tenta esconder.

O podcast está disponível no YouTube, Spotify, Deezer e Apple.

Jornal Nacional

O JN, da Globo, repercutiu o fato de que 47 barragens de rejeitos de mineração no Brasil não tem estabilidade garantida e representam altíssimo risco para as pessoas e o meio ambiente. Isso 7 anos depois de Mariana e quase 4 anos depois de Brumadinho. Os dados são do último levantamento registrado pela Agência Nacional de Mineração.

Assista a matéria.

The Washington Post

No jornal americano The Washington Post, um dos maiores e mais prestigiosos do mundo, fui entrevistado sobre as articulações por trás do PL 191/2020, que autoriza mineração em terras indígenas, em março de 2022:

“A good opportunity for us”: Brazil’s Bolsonaro uses Ukraine war to justify exploiting Indigenous land

Globo News

O lobby da mineração é poderoso e responsável direto por tudo que acontece na ponta. Conversei com o André Trigueiro para o Cidades e Soluções da Globo News de 05 de dezembro de 2021 sobre o Novo Código de Mineração. O programa pode ser assistido na íntegra aqui.

Em fevereiro de 2022, convidado por André Trigueiro, comentei no Instagram da Globo News sobre as consequências dos dois decretos publicados por Jair Bolsonaro que mudam o Código de Mineração e impactam o garimpo na Amazônia.

Folha de S. Paulo – Julho de 2023

Fui entrevistado pela Folha em uma matéria que faz um balanço da estratégia do IBRAM em vender a mineração como sustentável e como essa imagem tem sido forjada a partir da contratação de Raul Jungmann.

>>> Garimpo ilegal e desastres levam mineração a buscar rótulo sustentável

Globo Minas

Para a Globo Minas, no MGTV2, fiz alguns comentários pontuais.

Em maio de 2022, comentei sobre a aprovação do COPAM para a ampliação do projeto da Samarco em Mariana e da CSN Mineração em Congonhas.

Contribuí para essa matéria de janeiro de 2022 sobre a ampliação de vida útil de uma barragem da Vale em Nova Lima com uma fala abordando o fato de que as mineradoras controlam o licenciamento e não são fiscalizadas.

Também comentei nesta outra matéria, da mesma semana, sobre o caso da barragem e do muro de contenção da Vale em Macacos, perto de BH. Áreas foram tomadas pela lama das chuvas. Dezenas de moradores foram expulsos de casa desde 2019. Prazos para “fechar” barragens não serão cumpridos.

Em fevereiro de 2022, comentei sobre o fato de que apenas 13% das multas ambientais foram pagas em Minas Gerais desde o desastre de Mariana, em 2015.

Em outra matéria, a Globo repercutiu o aumento do prazo para que mineradoras desativem barragens consideradas de altíssimo risco no estado. O prazo venceu em fevereiro de 2022, quase nada foi feito e as empresas ganharam mais alguns anos para descomissionar verdadeiras “bombas-relógio”.

Em março, uma barragem da ArcelorMittal em Itatiaiuçu subiu para o nível 3 de emergência, mostrando que a situação crítica das barragens em Minas Gerais não é tratada com a seriedade necessária. Em outubro, outra barragem, agora da AngloGold Ashanti, em Santa Bárbara, entrou em nível 1 de emergência. Comentei para a Globo Minas o risco que representa as próprias empresas, na prática, ficarem responsáveis pela fiscalização, já que a fiscalização in loco de barragens pelo poder público caiu mais de 90% desde Brumadinho.

Deutsche Welle

Em dezembro de 2021 a rede alemã Deutsche Welle publicou uma matéria repercutindo a revelação do Observatório da Mineração de que bancos alemães financiam mineradoras envolvidas em conflitos no Brasil.

Trecho da matéria:

Ao conceder um empréstimo, um banco nem sempre sabe que o dinheiro vai parar em investimentos irresponsáveis. Mas “em 10 minutos de [busca no] Google, você encontra muita coisa”, observou, em entrevista à DW Brasil, o jornalista Maurício Angelo, fundador do Observatório da Mineração. “Se um banco quiser fazer uma diligência mínima – o que deveria, e está previsto fazer – sem dúvida, conseguiria descobrir muitas coisas questionáveis, rapidamente.”

Porém, “há mais de dez anos estes bancos estão envolvidos em financiamentos diretos a mineradoras e empresas de commodities envolvidas em conflitos”, apontou Angelo. “Será que não fazem a menor ideia de quem são estas empresas?”, questionou.

Os investimentos indiretos de bancos que vão parar em projetos controversos também são alvo de críticas. Embora seja difícil discriminar o caminho do dinheiro em transações que envolvem várias empresas, ativistas pedem mais responsabilidade na concessão de investimentos. Pois, segundo argumentam, se houvesse alguma sanção jurídica que responsabilizasse os bancos em casos de violações socioambientais, certamente eles teriam mais cautela ao conceder empréstimos.

O terceiro banco alemão mencionado na reportagem do Observatório da Mineração, o Deutsche Bank, por exemplo, é apontado como investidor de 59 milhões de dólares na empresa suíça Glencore, uma das grandes traders de commodities do mundo e que até maio de 2021 manteve ações da CSN Mineração, tendo uma participação de 3% na empresa. Na oferta inicial de ações (IPO) da mineradora, em fevereiro, a anglo-suíça Genclore havia sido o investidor de maior peso, adquirindo 25% das ações.

Outras entrevistas e comentários

Agência Brasil: Níquel, lítio e satélites: conheça interesses de Musk no Brasil

Mongabay: Brazil’s illegal gold trade takes a hammering, but persists underground

TV Assembleia de Minas Gerais (Programa Mundo Político): Os impactos da mineração da Amazônia

Podcast GuilhotinaSolução verde ou negócio? Mineração na Amazônia: o caso de Oriximiná

Telesur: Disputa por lítio, extrema-direita e internet da Starlink em garimpos na Amazônia

Opera MundiTerra Arrasada: impactos da mineração – Programa 20 minutos

Instituto Unisinos: Negacionismo de esquerda e PAC 3: “A opção é enfiar o pé no acelerador”. Entrevista especial com Maurício Angelo

Observatório de Justiça e ConservaçãoRelatório revela legado explosivo da política mineral

MetrópolesFala de ministro sobre “mineração sustentável” pode gerar embate com ala do governo

DCM Genocídio Yanomami, lobby do garimpo ilegal no governo Bolsonaro e mais

Revista Piauí“Foram longe demais”

My NewsVisita de Elon Musk ao Brasil, Bolsonaro e mineração na Amazônia

My News“Maior churrasco do mundo” em Parauapebas (PA) e gastos com CFEM

Le Monde Diplomatique / TVT: Avanço das mineradoras internacionais nos territórios indígenas

Luís Nassif – TV GGN – Sobre os impactos da mineração na Serra do Curral e manobras políticas – Maio/2022

Carta CapitalGenocídio banhado a ouro, sobre o garimpo na TI Yanomami e lobby garimpeiro durante o governo de Jair Bolsonaro

Brazilian Report: Bolsonaro on Her Majesty’s service

A Crítica, de Manaus: Garimpeiros do Madeira acumulam ‘licenças inválidas’ para simular atuação legal

Revista científica “Eos” da Advacing Earth and Spaces Science: Mining Threatens Isolated Indigenous Peoples in the Amazon

Podcast “Roteirices”, do jornalista Carlos Alberto Jr, para falar sobre a história do Observatório da Mineração, os bastidores, o lobby, o estado do jornalismo e as investigações feitas pelo site.

Luís Nassif / GGN: Canal do jornalista Luís Nassif para falar sobre a cobertura do Caso Samarcoa série de matérias especiais que publiquei sobre o novo sistema de indenização criado pelo juiz federal responsável e as denúncias na bacia do Rio Doce.

Podcast “Um Rio que Mudou de Cor” da WWF Brasil