APIB vai ao STF para impedir genocídio indígena causado por garimpeiros

Após os recentes ataques de garimpeiros ilegais às comunidades Yanomami (RR) e Munduruku (PA), a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal para que o governo apresente em 30 dias um plano para expulsar os invasores das duas terras e de outras cinco terras indígenas, incluindo a Kayapó (PA).

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos e o Alto Comissariado das Nações Unidas expressaram preocupação e cobraram que o governo Bolsonaro cumpra o seu dever constitucional. O Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias do Congresso solicitou proteção aos Yanomami.

Fazemos uma cobertura extensiva e sistemática desses conflitos aqui no Observatório. Nesse vídeo para o nosso canal do You Tube, explicamos o contexto desses ataques e falamos sobre como o lobby do garimpo, muito próximo do governo federal e da Funai, tem participação direta na situação:

“É um cenário desolador com crime organizado, mortes de crianças, surtos de malária, Covid-19, contaminação dos rios, insegurança alimentar e falta de assistência médica. Como se não bastasse tudo isso, a violência é cada vez mais intensa, o que nos leva a temer a possibilidade iminente de um novo massacre”, disse a coordenadora executiva da Apib, Sonia Guajajara, sobre a situação na TI Yanomami.

Atualização: nesta segunda (24), Luís Roberto Barroso, ministro do STF, determinou que o governo federal adote “todas as medidas necessárias à proteção da vida, da saúde e da segurança das populações indígenas” das terras indígenas Yanomami, em Roraima, e Munduruku, no Pará, ambas invadidas por garimpeiros ilegais, “devendo destacar todo o efetivo necessário a tal fim e permanecer no local enquanto presente tal risco”. A decisão acolhe em parte o pedido da Apib.

Leia algumas das matérias publicadas recentemente sobre o assunto:

AJUDE A MANTER O OBSERVATÓRIO

O Observatório da Mineração precisa do apoio dos nossos leitores com o objetivo de seguir atuando para que o neoextrativismo em curso não comprometa uma transição energética justa.

É possível apoiar de duas formas. No PayPal, faça uma assinatura recorrente: você contribui todo mês com um valor definido no seu cartão de crédito ou débito. É a melhor forma de apoiar o Observatório da Mineração. Aceitamos ainda uma contribuição no valor que desejar via PIX, para o email: apoie@observatoriodamineracao.com.br (conta da Associação Reverbera).

Siga o site nas redes sociais (Twitter, Youtube, Instagram, Facebook e LinkedIn) e compartilhe o conteúdo com os seus amigos!

E buscamos novos parceiros e financiadores, desde que alinhados com o nosso propósito, histórico e perfil. Leia mais sobre o impacto alcançado até hoje pelo Observatório, as aulas que ministramos e entre em contato.

Sobre o autor