Do Greenpeace
Mesmo separados por 600 quilômetros, os moradores na região da foz do Rio Doce também foram gravemente impactados pelo rompimento da barragem de Fundão (MG). Para além das perdas financeiras, as comunidades tão dependentes do rio vêm sofrendo consequências sociais, afetivas e culturais em função das profundas alterações causadas pela lama da Samarco em seus modos de vida.
Depois de 15 dias percorrendo o leito do Rio Doce desde Bento Rodrigues, distrito de Mariana (MG), o primeiro a ser atingido, a lama da Samarco chegou ao município de Linhares (ES) na manhã do dia 20 de novembro de 2015, para encontrar o mar na tarde do dia seguinte. Para avaliar a extensão dos impactos na foz do Rio Doce, pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo avaliaram a extensão desses impactos, no estudo Rompimento da barragem do Fundão (SAMARCO/VALE/BHP BILLITON) e os efeitos do desastre na foz do Rio Doce, distritos de Regência e Povoação, Linhares (ES).
“A responsável pela tragédia é que está definindo o que é dano e quem deve ser reparado, restringindo esse conceito a quem perdeu sua fonte de renda ou teve a estrutura da sua casa comprometida.Mas quando você conversa com os atingidos, percebe que os danos são mais extensos e profundos. A pesquisa fala da relação fundamental das pessoas com o meio ambiente, sua condição afetiva, de lazer e identidade, e isso precisa ser reconhecido como impacto, não só a dimensão econômica”, diz o sociólogo Hauley Vallim, um dos coordenadores do estudo. Segundo ele, é preciso dar visibilidade para outras necessidades que não são tão tangíveis, mas igualmente essenciais como comida e água potável.
Acesse o estudo (destacado no link acima) e leia o post original do Greenpeace.