Ao contrário do que insiste em afirmar a Samarco, já desmentida por análises preliminares, a lama despejada no Rio Doce contém a presença de partículas de metais pesados como arsênio, chumbo, alumínio, ferro, bário, cobre, boro e até mercúrio. É o que revela análises laboratoriais de amostras da água do rio encomendadas pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Baixo Guandu, no Espírito Santo.
O prefeito de Baixo Guandu (ES), Neto Barros (PCdoB), confirmou a informação.
“Para se ter uma ideia, a quantidade de arsênio encontrada na amostra foi de 2,6394 miligramas, sendo que o aceitável é de no máximo 0,01 miligrama”, citou.
Ainda segundo o prefeito, são 100 quilômetros de material tóxico descendo pelo rio. “Quero ver o que o presidente da Vale vai fazer para ajudar todo o povo”, disparou.
A Samarco ignora as análises e insiste em negar a presença de metais pesados: “A empresa reforça que o rejeito é classificado como material inerte e não perigoso, conforme norma brasileira de código NBR 10004-04, o que significa que não apresenta riscos à saúde pública e ao meio ambiente. Proveniente do processo de beneficiamento do minério de ferro, o rejeito é composto basicamente de água, partículas de óxidos de ferro e sílica (quartzo)”, diz a nota.
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