A Vale mentiu: a lama das barragens tem concentração de metais até 1.300.000% acima do normal

“A lama não é tóxica, a alma não é tóxica, a lama não é tóxica”: este foi o mantra repetido pela Vale desde o início do crime. Ao contrário do afirmado pela companhia, de que a composição da lama seria predominantemente de sílica (areia), análises preliminares já mostram índices de ferro de até UM MILHÃO E TREZENTOS MIL POR CENTO acima do tolerável. E metais pesados não estão descartados.

Veja:

“A água coletada pelo SAAE (Serviço de Água e Esgoto) de Valadares aponta um índice de ferro 1.366.666% acima do tolerável para tratamento – um milhão e trezentos mil por cento além do recomendado, segundo relatório enviado à reportagem do R7. Os níveis de manganês, metal tóxico, superam o tolerável em 118.000%, enquanto o alumínio estava presente com concentração 645.000% maior do que o possível para tratamento e distribuição aos moradores. As alterações foram sentidas a partir de 8h, enquanto o pico de lama tóxica ocorreu às 14h no rio Doce.

Servidores da prefeitura esclarecem que não têm condições técnicas de verificar a ocorrência de materiais pesados (como arsênio, antimônio e chumbo, normalmente presentes em rejeitos que contêm ferro), e por isso aguardam análises da Copasa e de dois laboratórios para detalhar a situação.”

Leia a matéria completa.

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