Pergunte a qualquer engenheiro se ele teria coragem de se responsabilizar tecnicamente por uma obra sobre a qual ele soubesse que não resiste a uma (ou cem) ocorrências sísmicas de magnitude menor que 3 Richter.
Pois bem: a Samarco quer fazer você acreditar que construiu barragens super seguras e fez tudo de acordo com o manual, mas a região está sendo afetada por uma onda de terríveis abalos sísmicos e as barreiras se desmancham como sorvete sob o sol.
Entretanto, quando chegam os relatórios de intensidade dos tais abalos, vê-se que eles não têm força sequer para derramar a água de um copo cheio até a boca sobre uma mesa.
A única conclusão lógica que se pode chegar disso tudo é que a Samarco contratou os piores engenheiros de barragem do mundo. Se é que contratou algum.
Relatório do Centro de Sismologia – USP sobre a ocorrência de abalos sísmicos na região da barragem:
Destaco:
“Ainda não é possível relacionar a ocorrência dos tremores como causa do rompimento das barragens. A probabilidade da coincidência de local e data com o desastre é muito pequena, mesmo considerando que pequenos tremores de terra sejam “relativamente” frequentes no Brasil.
Por outro lado, tremores de terra de pequena magnitude (< 3) só em casos muito especiais poderiam causar danos diretos a qualquer construção civil ou barragem. (…)”