Não foi acidente: a Vale jamais deveria controlar a cena do crime

Algumas coisas têm que ficar claras, e para isso eu repetirei isso quantas vezes forem necessárias e conto com todos para divulgar, pois já começou o bombardeio da comunicação corporativa da empresa (e as bombas deles são fortes demais):

– o que aconteceu em MG não foi um acidente motivado por força maior (“força maior” são aqueles infortúnios que nenhum ser humano pode evitar – terremoto, tempestade, furacão etc). Assim sendo, houve ali um crime ambiental e um crime contra a vida humana.

– A Samarco/Vale/BHP não é vítima da tragédia. É a autora do crime. Não importa agora saber se esse crime foi cometido dolosa ou culposamente. A responsabilidade da Samarco perante a sociedade é a mesma nos dois casos.

– sendo inconteste que se trata de um crime de autoria conhecida, o dever do Estado é apurar os fatos e punir os responsáveis. O que está se vendo em Mariana é o autor do crime COORDENANDO as investigações e a busca de vítimas. Representantes da mineradora entram e saem do local à vontade, com a conivência e o apoio estatais. Isso é um absurdo. Criminoso tem que ficar LONGE da cena do crime, por motivos mais do que óbvios.

Leia: Tsunami de Lama


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